Definições
Linguagem é a faculdade que o homem tem de se exprimir e comunicar por meio diversos.
Cada povo exerce essa capacidade através de um determinado código lingüístico, ou seja, utilizando um sistema de signos vocais distintos e significativos, a que se dá o nome de língua ou idioma.
A língua é um veículo do conhecimento humano e a base do patrimônio cultural de um povo.
A utilização da língua pelo indivíduo denomina-se fala. A fala nasce da necessidade de comunicação do ser humano
A língua não é um sistema intangível, imutável; como toda criação humana, está sujeita `a ação do tempo e do espaço geográfico, sobre constantes alterações e reflete forçosamente as diferenças individuais dos falantes.
A história, o registro e a sistematização dos fatos da língua constituem a Gramática.
A Gramática Histórica estuda a origem e a evolução de uma língua, acompanhando-lhe os passos desde o seu alvorecer até a época atual.
A Gramática Normativa enfoca a língua como é falada em determinada fase de sua evolução: faz registro sistemático dos fatos lingüisticos e dos meios de expressão, aponta normas para a correta utilização oral e escrita do idioma, em suma ensina a falar e escrever a língua padrão corretamente.
De acordo com os diferentes aspectos sob os quais se podem encarar os fatos lingüisticos, divide-se a Gramática em cinco partes distintas:
1) A fonética considera a palavra sob o aspecto acústico ou sonoro, tratando:
Dos fonemas ou sons que formam as sílabas e os vocábulos (como se produzem, classificam e agrupam);
Da pronúncia correta das palavras, ou seja, da correta emissão e articulação dos fonemas (ortoépia);
Da exata acentuação tônica das palavras (prosódia)
Da figuração gráfica dos fonemas ou a escrita correta das palavras (ortografia)
2) A morfologia ocupa-se das diversas classes de palavras, isoladamente, analisando-lhes a estrutura, a formação, as flexões e propriedades.
3) É objetivo da sintaxe o estudo das palavras associadas na frase. Examina:
A função das palavras e das orações no período ( análise sintática);
As relações de dependência das palavras na oração, sob o aspecto da subordinação (sintaxe de regência);
As relações de dependência das palavras sob o angulo da flexão (sintaxe de concordância)
A disposição ou ordem das palavras e das orações no período (sintaxe de colocação)
4) A semântica tem como objetivo o estudo da significação das palavras. Pode ser descritiva ou histórica. A semântica descritiva estuda a significação atual das palavras; a semântica histórica se ocupa com a evolução do sentido das palavras através dos tempos.
5) A estilística trata, essencialmente, do estilo, ou seja dos diversos processos expressivos próprios para sugestionar, despertar o sentimento estético e a emoção. Esses processos resumem-se no que chamamos de figuras de linguagem. A estilística, em outras palavras, visa o lado estético e emocional da atividade lingüistica, em oposição ao aspecto intelectivo. (CEGALHA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa)
Linguística
estudo das línguas, nas suas relações e nos seus princípios, leis fonéticas e semânticas, morfologia, raízes, etc.;estudo histórico e comparativo das línguas;
Semântica
do Gr. semantiké, da significação
estudo da linguagem humana do ponto de vista do significado das palavras e dos enunciados; semasiologia; sematologia; na linguística moderna é a disciplina que estuda as palavras e os enunciados como sendo objetos abstratos com um conjunto de propriedades e entre os quais se estabelecem relações que se definem nos termos predicação, tempo, aspecto, modalidade, valores de verdade, etc..
Lexicologia
do Gr. léxikon, léxico + lógos, estudo
estudo da etimologia das palavras, dos elementos que as compõem e das suas diversas acepções.
Lexicografia
do Gr. léxikon, léxico + graph, r. de gráphein, descrever
recensão e estudo dos vocábulos de uma língua considerados na sua forma e no seu significado.
Semiologia e Semiótica
A semiologia, segundo Ferdinand Saussure, é o estudo da vida dos signos no seio da vida social; ela engloba a lingüística e se integra na psicologia, como ramo da psicologia social.
A Semiologia foi sugerida por Ferdinand de Saussure, lingüísta suíço, no seu "Curso de Lingüística Geral" proferido na Universidade de Genebra no começo do nosso século, quando criou as bases ainda hoje respeitáveis da lingüística moderna.
Sua sugestão foi adotada, seguida e desenvolvida principalmente através de um grupo de intelectuais europeus centrados especialmente na França, que recebeu o nome de Estruturalismo pois seus membros adotaram, para a prática das ciências humanas em geral, o método estruturalista praticado por Saussure na sua criação da Lingüística Moderna.
Um dos grandes nomes na Semiologia é Umberto Eco, reconhecido por seus trabalhos no campo das comunicações, da estética e da semiótica. Como semioticista, nas obras "A Estrutura Ausente" e "As Formas do Conteúdo", sua produção é particularmente importante pelos desenvolvimentos que proporciona e pela estruturação que tem procurado dar aos recentes e às vezes conflitantes avanços da pesquisa especializada. Seu livro "Tratado Geral de Semiótica", além de constituir-se numa verdadeira suma das principais abordagens do tema, consegue delinear uma teoria global de lingüística, de lógica, das linguagens naturais, da retórica, da estética, da filosofia da linguagem e da teoria da percepção, reunidos em uma reorganização articulada e sistemática.
A semiótica (do grego semeiotiké, (arte) dos sinais, sintomas) é a ciência dos signos e da semiose, ou seja, do processo de significação na natureza e na cultura. A ciência é relativamente nova e teve como maiores expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço Ferdinand de Saussure.
A semiótica, também chamada semiologia (apesar de muitos teóricos diferenciarem os dois termos), origina-se em pensadores como Platão e Santo Agostinho. No início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, essa ciência começa a ganhar seu caráter moderno. Às vezes a semiótica é considerada parte da lingüística, e às vezes a lingüística é considerada parte da semiótica.
Segundo outros autores, a semiótica não foi nunca considerada parte da lingüística.
De fato, desenvolveu-se quase exclusivamente graças ao trabalho de não-lingüistas, particularmente na França, onde é freqüentemente considerada uma disciplina importante. No mundo de língua inglesa, não desfruta praticamente de nenhum reconhecimento institucional.
Embora a língua seja considerada o caso paradigmático de sistema de signos, grande parte da pesquisa semiótica se concentrou na análise de domínios tão variados como a propaganda, o cinema e os mitos. A influência do conceito lingüístico central de estruturalismo, que é mais uma contribuição de Saussure, levou os semioticistas a tentar interpretações estruturalistas de um amplo leque de fenômenos.
Objetos de estudo, como um filme ou um ciclo de mitos são encarados como textos que comunicam significados, e esses significados assume-se que derivam da interação ordenada de elementos portadores de sentido, os signos, que estão eles mesmos encaixados num sistema estruturado, de maneira parcialmente análoga aos elementos portadores de significado em uma língua. Quando busca uma ênfase deliberada na natureza social dos sistemas de signos examinados, a semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata e, vez por outra, parece demasiado filosófica, o que é um desafio intelectual instigante. Nos últimos anos, porém, os semioticistas se voltaram cada vez mais para o estudo da cultura popular, e o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música pop são hoje um lugar comum.
Linguagem é a faculdade que o homem tem de se exprimir e comunicar por meio diversos.
Cada povo exerce essa capacidade através de um determinado código lingüístico, ou seja, utilizando um sistema de signos vocais distintos e significativos, a que se dá o nome de língua ou idioma.
A língua é um veículo do conhecimento humano e a base do patrimônio cultural de um povo.
A utilização da língua pelo indivíduo denomina-se fala. A fala nasce da necessidade de comunicação do ser humano
A língua não é um sistema intangível, imutável; como toda criação humana, está sujeita `a ação do tempo e do espaço geográfico, sobre constantes alterações e reflete forçosamente as diferenças individuais dos falantes.
A história, o registro e a sistematização dos fatos da língua constituem a Gramática.
A Gramática Histórica estuda a origem e a evolução de uma língua, acompanhando-lhe os passos desde o seu alvorecer até a época atual.
A Gramática Normativa enfoca a língua como é falada em determinada fase de sua evolução: faz registro sistemático dos fatos lingüisticos e dos meios de expressão, aponta normas para a correta utilização oral e escrita do idioma, em suma ensina a falar e escrever a língua padrão corretamente.
De acordo com os diferentes aspectos sob os quais se podem encarar os fatos lingüisticos, divide-se a Gramática em cinco partes distintas:
1) A fonética considera a palavra sob o aspecto acústico ou sonoro, tratando:
Dos fonemas ou sons que formam as sílabas e os vocábulos (como se produzem, classificam e agrupam);
Da pronúncia correta das palavras, ou seja, da correta emissão e articulação dos fonemas (ortoépia);
Da exata acentuação tônica das palavras (prosódia)
Da figuração gráfica dos fonemas ou a escrita correta das palavras (ortografia)
2) A morfologia ocupa-se das diversas classes de palavras, isoladamente, analisando-lhes a estrutura, a formação, as flexões e propriedades.
3) É objetivo da sintaxe o estudo das palavras associadas na frase. Examina:
A função das palavras e das orações no período ( análise sintática);
As relações de dependência das palavras na oração, sob o aspecto da subordinação (sintaxe de regência);
As relações de dependência das palavras sob o angulo da flexão (sintaxe de concordância)
A disposição ou ordem das palavras e das orações no período (sintaxe de colocação)
4) A semântica tem como objetivo o estudo da significação das palavras. Pode ser descritiva ou histórica. A semântica descritiva estuda a significação atual das palavras; a semântica histórica se ocupa com a evolução do sentido das palavras através dos tempos.
5) A estilística trata, essencialmente, do estilo, ou seja dos diversos processos expressivos próprios para sugestionar, despertar o sentimento estético e a emoção. Esses processos resumem-se no que chamamos de figuras de linguagem. A estilística, em outras palavras, visa o lado estético e emocional da atividade lingüistica, em oposição ao aspecto intelectivo. (CEGALHA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa)
Linguística
estudo das línguas, nas suas relações e nos seus princípios, leis fonéticas e semânticas, morfologia, raízes, etc.;estudo histórico e comparativo das línguas;
Semântica
do Gr. semantiké, da significação
estudo da linguagem humana do ponto de vista do significado das palavras e dos enunciados; semasiologia; sematologia; na linguística moderna é a disciplina que estuda as palavras e os enunciados como sendo objetos abstratos com um conjunto de propriedades e entre os quais se estabelecem relações que se definem nos termos predicação, tempo, aspecto, modalidade, valores de verdade, etc..
Lexicologia
do Gr. léxikon, léxico + lógos, estudo
estudo da etimologia das palavras, dos elementos que as compõem e das suas diversas acepções.
Lexicografia
do Gr. léxikon, léxico + graph, r. de gráphein, descrever
recensão e estudo dos vocábulos de uma língua considerados na sua forma e no seu significado.
Semiologia e Semiótica
A semiologia, segundo Ferdinand Saussure, é o estudo da vida dos signos no seio da vida social; ela engloba a lingüística e se integra na psicologia, como ramo da psicologia social.
A Semiologia foi sugerida por Ferdinand de Saussure, lingüísta suíço, no seu "Curso de Lingüística Geral" proferido na Universidade de Genebra no começo do nosso século, quando criou as bases ainda hoje respeitáveis da lingüística moderna.
Sua sugestão foi adotada, seguida e desenvolvida principalmente através de um grupo de intelectuais europeus centrados especialmente na França, que recebeu o nome de Estruturalismo pois seus membros adotaram, para a prática das ciências humanas em geral, o método estruturalista praticado por Saussure na sua criação da Lingüística Moderna.
Um dos grandes nomes na Semiologia é Umberto Eco, reconhecido por seus trabalhos no campo das comunicações, da estética e da semiótica. Como semioticista, nas obras "A Estrutura Ausente" e "As Formas do Conteúdo", sua produção é particularmente importante pelos desenvolvimentos que proporciona e pela estruturação que tem procurado dar aos recentes e às vezes conflitantes avanços da pesquisa especializada. Seu livro "Tratado Geral de Semiótica", além de constituir-se numa verdadeira suma das principais abordagens do tema, consegue delinear uma teoria global de lingüística, de lógica, das linguagens naturais, da retórica, da estética, da filosofia da linguagem e da teoria da percepção, reunidos em uma reorganização articulada e sistemática.
A semiótica (do grego semeiotiké, (arte) dos sinais, sintomas) é a ciência dos signos e da semiose, ou seja, do processo de significação na natureza e na cultura. A ciência é relativamente nova e teve como maiores expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço Ferdinand de Saussure.
A semiótica, também chamada semiologia (apesar de muitos teóricos diferenciarem os dois termos), origina-se em pensadores como Platão e Santo Agostinho. No início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, essa ciência começa a ganhar seu caráter moderno. Às vezes a semiótica é considerada parte da lingüística, e às vezes a lingüística é considerada parte da semiótica.
Segundo outros autores, a semiótica não foi nunca considerada parte da lingüística.
De fato, desenvolveu-se quase exclusivamente graças ao trabalho de não-lingüistas, particularmente na França, onde é freqüentemente considerada uma disciplina importante. No mundo de língua inglesa, não desfruta praticamente de nenhum reconhecimento institucional.
Embora a língua seja considerada o caso paradigmático de sistema de signos, grande parte da pesquisa semiótica se concentrou na análise de domínios tão variados como a propaganda, o cinema e os mitos. A influência do conceito lingüístico central de estruturalismo, que é mais uma contribuição de Saussure, levou os semioticistas a tentar interpretações estruturalistas de um amplo leque de fenômenos.
Objetos de estudo, como um filme ou um ciclo de mitos são encarados como textos que comunicam significados, e esses significados assume-se que derivam da interação ordenada de elementos portadores de sentido, os signos, que estão eles mesmos encaixados num sistema estruturado, de maneira parcialmente análoga aos elementos portadores de significado em uma língua. Quando busca uma ênfase deliberada na natureza social dos sistemas de signos examinados, a semiótica tende a ser altamente crítica e abstrata e, vez por outra, parece demasiado filosófica, o que é um desafio intelectual instigante. Nos últimos anos, porém, os semioticistas se voltaram cada vez mais para o estudo da cultura popular, e o tratamento semiótico das novelas de televisão e da música pop são hoje um lugar comum.